quinta-feira, 21 de junho de 2007

Campeão da Copa do Brasil 2007


Logo aos dois minutos, a alegria. No resto da partida, tensão e expectativa. Mas valeu a pena. Foi com muita emoção. A torcida tricolor está em festa. Depois de 23 anos, o Fluminense volta à Taça Libertadores da América. O Tricolor venceu nesta quarta-feira(06/06/07) o Figueirense por 1 a 0 e sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 2007. Roger, titular só porque Luiz Alberto acabou vetado pelo departamento médico, foi o grande herói do título. O Figueira, que levou o gol aos dois minutos de jogo, jogou a partida inteira no ataque, mas não conseguiu superar a defesa do Flu.

O Tricolor começou a partida com a postura de quem precisava fazer gol, e buscava o ataque. O ímpeto do time foi premiado logo aos dois minutos. Adriano Magrão ganhou dentro da área e cruzou para Roger, que, sozinho, chutou na saída do goleiro: 1 a 0. O papel, então, se inverteu. O Figueira foi para o ataque e quase marcou aos seis minutos. A zaga do Flu ficou pedindo a saída de uma bola cruzada, e Victor Simões chutou fraquinho, de bico. A bola tocou caprichosamente na trave e saiu.

O técnico Mário Sérgio mexeu na equipe e deixou o time mais ofensivo. Aos 16, Victor Simões achou Anderson Luiz dentro da área, nas costas de Junior Cesar, o jogador alvinegro chutou forte, mas sem direção. Inspirado na atuação de Thiago Silva, que ganhava todos os lances, o Fluminense se fechou em busca dos contra-ataques. Em um deles, Arouca se livrou de dois zagueiros dentro da área e obrigou Wilson a fazer uma defesa espetacular.

O time catarinense voltou do vestiário com um objetivo: pressionar o adversário. Em quatro minutos, o time assustou duas vezes. Aos três, Ruy recebeu lançamento pelo alto dentro da área, mas foi travado na hora do chute. Aos sete, em jogada rápida, Ruy rolou para Victor Simões, que, de primeira, chutou para a boa defesa de Fernando Henrique. Fora de suas características, jogando no ataque, o Figueirense dava espaços na defesa. Aos nove, Alex Dias driblou Felipe Santana dentro da área, mas na hora de chutar mandou muito alto, para fora.

O tempo passava, e a ansiedade dos catarinenses aumentava. Aos 25, Victor Simões arriscou de longe e mandou ao lado, assustando o goleiro Fernando Henrique. O desespero do Figueira abria cada vez mais espaços para o ataque tricolor. Aos 38, Carlinhos arriscou de longe, Wilson defendeu, a bola sobrou para Alex Dias, que se atrapalhou na hora de finalizar. Os catarinenses continuaram em cima, mas esbarraram nas boas defesas de Fernando Henrique. Ao apito do árbitro, os jogadores e a torcida do Flu soltaram o grito de campeão.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Como tudo começou !

O esporte mais adorado pelos brasileiros surgiu nas terras tupiniquins no início do século XIX, mais precisamente em São Paulo. O futebol foi apresentado por Charles Miller, que retornando da Inglaterra em 1894, trouxe consigo as bolas e o sonho de ver o futebol crescer no país. [Photo] Em 1901 o jovem Oscar Cox, que voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol, inicia suas tentativas de formar um time no Rio de Janeiro. Nesta época foi fundado o Club Brasileiro de Cricket, que passou a ser chamado mais tarde de Payssandu Cricket Club. [Photo] Em 1 de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros parte para Niterói para enfrentar um time formado por ingleses. Em 1910 os cariocas enfrentam os paulistas em São Paulo. O Fluminense Football Club foi fundado por Oscar Cox e mais vinte membros, oito anos após Charles Miller introduzir o futebol no Brasil. Em 21 de julho de 1902, em reunião na Rua Marquês de Abrantes, 51 - residência de Horácio da Costa Santos, nascia o primeiro clube de futebol do Rio de Janeiro. O nome Fluminense surgiu sem maiores debates, tendo sido a idéia inicial Rio Football Club. Mas João Ferreira já havia utilizado o nome na sede do Natação e Regatas. A palavra "fluminense" na época identificava os nascidos no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal, apesar de por lei haver distinção. Outra versão deriva do latim "flumem", que significa fluvial ou rio. O primeiro jogo do Fluminense foi em 19 de outubro de 1902 contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu. O resultado foi uma goleada do Fluminense por 8 a 0. Em 06 de setembro de 1903 estréia o Fluminense em jogos interestaduais no campo do Velódromo, em São Paulo. De três jogos, o Fluminense empatou um e venceu dois jogos. O Fluminense surgiu como clube específico para futebol e promovia o esporte junto ao público. Foi através de iniciativas pioneiras do Fluminense, como a promoção de partidas beneficentes, que o público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol. Isto contribuiu para o surgimento de novos clubes na cidade como o América, o Bangu e o Botafogo, todos fundados em 1904.

Conquistas !

O Fluminense Football Club tem em seu histórico de títulos oficiais um número exemplar de troféus e taças jamais ganhas por nenhum time brasileiro. Confira abaixo a lista de alguns campeonatos, onde a estrela do Flu brilhou sozinha no topo do podium.

Campeonatos Estaduais:
1906 - 1907 - 1908 - 1909 - 1911 - 1917 - 1918 - 1919 - 1924 - 1936 - 1937 - 1938 - 1940 - 1941 - 1946 - 1951 - 1959 - 1964 - 1969 - 1971 - 1973 - 1975 - 1976 - 1980 - 1983 - 1984 - 1985 - 1995 - 2002 - 2005.

Copa do Brasil
2007

II Copa Rio - Mundial Interclubes
1952 (invicto)

Taça Guanabara
1966 - 1969 - 1971 - 1975 - 1983 - 1991 - 1993

Campeonato Brasileiro
1970 (Taça de Prata), 1984 e 1999 (série C)

Torneio Rio de Janeiro - 1990

Torneio Rio / São Paulo - 1957 - 1960

Copa Kirim - Japão - 1987

Troféu Paris - França - 1976 e 1987

Copa Kiev - Rússia - 1989

Troféu Paris - França 1976 - 1987

Troféu Teresa Herrera - Espanha - 1977

Taça Viña Del Mar - Chile - 1976

Torneio de Seul - 1984

Taça Olímpica
Em 1949 o Fluminense Football Club ganhou esse prêmio especial. O Flu é o único clube latino americano detentor desta taça, equivalente ao prêmio Nobel do esporte, instituído pelo Barão de Coubertin - criador dos Jogos Olímpicos.

Torcedores

O Fluminense Football Club possui torcedores ilustres e famosos, entre eles presidentes, artistas e personalidades. Sua torcida é conhecida por dar grandes espetáculos dentro e fora das Laranjeiras. O Fluminense ganhou em 1950, 1951 e 1952 a Competição de Torcidas, organizada pelo Jornal dos Sports.

O Tricolor tem diversos apelidos, e seu mascote, o Cartola, idealizado pelo caricaturista argentino Mollas, surgiu elegante, com sua imponente piteira, passando a imagem da aristocracia tricolor. O jargão "pó-de-arroz", conhecido pela torcida do Fluminense, popularizou-se por causa do jogador Carlos Alberto.

Em 1914, vindo do América para o Fluminense, ele teve receio dos aristocráticos tricolores devido à sua cor. No jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, o suor que escorria de seu rosto deixou-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram "pó de arroz". E foi assim que surgiu o apelido do clube.

Outros torcedores tornaram-se personalidades do clube devido ao seu amor e fidelidade ao time. Alguns deles se destacaram pela grande paixão ao Tricolor. Como Chico Guanabara, que estimulava o time berrando e reclamando com o juiz. O famoso Barriga, que, ganhando ou perdendo, bebia para comemorar ou chorar as mágoas, mas era respeitador e incapaz de falar palavras obscenas. Seu ídolo era Welfare. Batista, que tinha passe livre dentro do clube, era sargento da Marinha e intermediava os jogos do Fluminense com o Riachuelo Football Club. Todos esses ilustres torcedores fazem parte da histórica do Fluminense por tanta dedicação e amor.

FLUMINENSE

Quando Oscar Cox fundou o Fluminense Football Club em 21 de julho de 1902, numa sede localizada no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, não poderia imaginar que um clube marcado pela nobreza logo tomaria o gosto popular. Desde os seus primórdios, o Tricolor teve entre seus sócios e freqüentadores representantes das famílias mais tradicionais do Rio de Janeiro. Hoje, o clube está entre as 10 maiores torcidas do país. A sua bela sede das Laranjeiras, de aspecto europeu, contrasta com a paixão unicamente brasileira de seus torcedores.

Oscar Cox chegou da Suíça, em 1897, com a idéia de formar um time de futebol (o que só aconteceria quatro anos mais tarde), e ao mesmo tempo trouxe pela primeira vez para o Rio o esporte que seria o mais popular do Brasil dentro de pouco tempo. Desde a sua fundação, o Fluminense foi pioneiro das evoluções do futebol no Rio.

Em 1903, na estréia do grená, branco e verde como cores oficiais, em substituição ao branco e cinza, o Fluminense disputou a primeira partida no Rio de Janeiro com ingressos pagos. O agora Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Paulistano com um público de 996 pessoas.

O Fluminense começou a se desprender totalmente da elitização a partir da primeira metade da década de 20, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou nas camadas mais baixas da sociedade. O clube das Laranjeiras, nessa época, foi um dos pioneiros na luta pela profissionalização dos jogadores, deixando de restringir a prática do futebol aos associados dos clubes.

Mas foram as grandes conquistas nos gramados que alçaram o Fluminense a um dos clubes mais populares do Brasil. Ainda quando o futebol engatinhava, o Tricolor consolidava sua condição de elite, não social, mas esportiva, com o tetracampeonato estadual 1906-1909.

Nos anos que se seguiram, o Fluminense jamais deixou de ser um ícone do esporte brasileiro, não só no país, mas também no mundo. O Tricolor fascinou pela sua disciplina e recebeu do Comitê Olímpico Internacional, em 1949, a Taça Olímpica, pelos serviços prestados ao esporte.

Três anos mais tarde, em 1952, quando o Maracanã ainda chorava a perda da Copa do Mundo para o Uruguai, em 1950, o Fluminense fez o maior estádio do mundo voltar a sorrir conquistando ali a Copa Rio, primeira versão do Mundial Interclubes. Com Castilho, Píndaro, Bigode, Telê e Zezé Moreira no comando, o Tricolor fez crescer a auto-estima do povo carioca batendo Sporting, Grasshoppers, Peñarol, Austria Vienna e o Corinthians, na final, levando a taça.

Já consolidado como um dos maiores clubes do Brasil, o Fluminense continuava a encher de orgulho torcedores de todas as classes sociais com seus títulos e times memoráveis. No Rio de Janeiro, a hegemonia permanece desde a Máquina Tricolor de Rivelino, que conquistou o bi de 1975-76 até o time comandado por Abel Braga, que levantou o 30º Campeonato Estadual, em 2005.